sábado, 3 de março de 2012

Evolução da Logística

Evolução da Logística


Até os anos 50:

A despeito da inexistência de uma filosofia preponderante que conduzisse a atividade logística e suas atividades principais, muitos conceitos e concepções logísticas utilizadas na Segunda Guerra Mundial, nas atividades militares, serviram como embriões para os conceitos utilizados na atualidade.
Mesmo com a atividade logística
apresentando um certo grau de ineficiência nessa fase, com o final da Segunda Guerra Mundial, algumas economias apresentaram crescimento, com ênfase para os EUA, devido à demanda reprimida e à prosperidade industrial.


Os altos lucros resultantes fizeram com que as empresas se voltassem mais para produção e para a venda dos produtos, prejudicando, assim, o desenvolvimento da atividade logística. Desse modo, problemas como atrasos nas entregas, falta de variedade de produtos, entre outros, foram aparecendo e ficando cada vez mais evidentes.
  • Atividades tipicamente logística eram divididas pela administração: geração de conflitos de objetivos e responsabilidades;
  • Não se falava em nível de serviço nem de satisfação do cliente;
  • Com a 2ª Guerra Mundial (1945) começaram a ser desenvolvidos conceitos logísticos (ainda sem esse nome) indústrias alimentícias foram pioneiras;
  • Distribuição física pouco valorizada, sendo o marketing (consumo) mais focado;
  • Shaw (1912) e Clark (1922) já diferenciavam e valorizavam as atividades de distribuição, porém só em teoria.
Dos anos 50 até os 70:

  • Distribuição física ainda pouco valorizada, dando maior importância a compra e venda;
  • Condições econômicas e tecnológicas favoráveis ao desenvolvimento da logística:
    - Mudança de atitude dos consumidores e mudanças populacionais
    - Pressão por custos nas indústrias;
    - Avanços computacionais;
    - Experiência militar.
  • Início década 60: logística fazendo parte de estudos acadêmicos;
  • Fim década 60: criado o National Council of Physical Distribution Management.
Após 1970:

O desejo por produtos diferenciados (cores, modelos, acabamentos e variedades etc.) foi potencializado nos clientes pelo marketing agressivo que incentivou os consumidores a adquirirem, cada vez mais, uma maior diversidade de produtos. Novos “hábitos” foram sendo incorporados nos lares ( televisão, aparelho de som, micro-ondas, consumo de cereais, bebidas, biscoitos etc.).
Desse modo, o mercado exigia, a cada dia, uma maior quantidade e variedade de produtos, de diferentes cores, tipos e tamanhos, capazes de satisfazerem a crescente demanda da sociedade. Os estoques foram inchando muito, e a nova realidade começou a exigir uma racionalização na cadeia de suprimento, com o objetivo de aumentar os resultados e reduzir os custos.
O combate aos estoques excessivos exigiu aumento das atividades de planejamento, aproximação entre fornecedores e clientes e o envolvimento de outros setores da empresa no planejamento logístico, que, até então, era centralizado na manufatura. Previsões da demanda dos varejistas eram levantadas e convergiam para a sede, que as enviava à manufatura para a elaboração do planejamento da produção. Tudo era programado para o mês seguinte (as compras, os fornecedores, a alocação da mão-de-obra etc.).

Nessa época, algumas atividades já podiam ser realizadas de maneira tímida por computadores que surgiram no mercado.
Ainda que houvesse essa busca pela racionalização integrada da cadeia de suprimento, essa era feita de maneira rígida, pois não acompanhava as rápidas mudanças do mercado, como no caso de aumento do número de pedidos feitos pelo setor de vendas da empresa.

  • Crescimento da competição mundial e falta de MP de boa qualidade;
  • Mudança de enfoque: marketing (melhor administração de suprimentos);
  • Cresce interesse em produtividade, controle de custos e qualidade;
  • Maior atenção dada às compras (Administração de Matérias);
  • Logística saiu da teoria para a prática (Logística Integrada) ;
  • Mudança do conselho para Institute of Materials Management e depois para Institute of Logistics.

Por ser uma atividade que requer grande capital investido, as empresas estarão continuamente procurando tanto a redução dos custos logísticos quanto o aumento da produtividade (e por isso o conhecimento das atividades logísticas é importante).

Entre 1980 e 1990:


 Neste período, grandes eventos proporcionaram e impulsionaram a logística. Empresas que tinham, como único objetivo, vender em grandes quantidades, sem se preocupar com seus custos, tiveram que se voltar para as questões logísticas de maneira mais especial. Tais eventos foram:
  • O incremento da competição mundial;
  • A falta de matérias-primas;
  • A inflação;
  • A crise do petróleo;
  • O aumento dos custos de transporte e manutenção de estoque;
  • O desenvolvimento da informática;
  • A explosão da tecnologia da informação na década de 80;
  • A formação de Blocos Econômicos;
  • A globalização.
Todos esses fatores obrigaram a mudança de postura das empresas e a otimização da gestão de suprimentos no mundo.

Após 1990:

Nesse período, chega-se ao conceito de que a Logística é o somatório das atividades da Administração de Matérias e a distribuição física.

Pode-se visualizar que o interesse pela Logística será crescente no futuro e que seus conceitos sempre serão alvo de observação, análise e adaptação às necessidades empresariais para o incremento da eficiência e eficácia das empresas sujeitas às constates e aceleradas mudanças em razão dos avanços tecnológicos, das mudanças econômicas e das transformações globais.

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